Capitalismo e Pandemia

Por Morgana Witte/ Redação da UPES
Perdemos a noção dos dias, perdemos a rotina, perdemos muita coisa, mas algo permaneceu, as contas a serem pagas. Dessa vez elas vem acompanhadas de mais incertezas que o normal, muitos que perderam o emprego ou dependiam de extras, agora se vem desamparados. Esse é no cenário de milhares de brasileiros, mas principalmente da juventude, que começou a viver a independência agora e já se vê em apuros e apertos.
O Estado deveria estar sendo o provedor neste momento, priorizando a vida em relação a economia, mas o que vemos no Brasil é extremamente ao contrário, além do auxílio emergencial ser insuficiente, ele ainda demora a vir, muitos só conseguirão sacar o dinheiro em maio. Quem tem fome tem pressa, Bolsonaro está nos condenando a 1 mês e meio de enrolação, de incertezas, 15 dias só para saber se está aprovado para receber o auxílio, e quando é aprovado, descobre que o dinheiro foi para uma conta que não é sua, e lá se vai mais 1 semana para se resolver o problema, mais uma semana de aluguel atrasado, mais um semana com risco de água e luz sendo cortadas, pois mesmo em meio a essa crise que já nos traz tantos males e mortes, o lucro das empresas ainda é priorizado no Brasil, e não estão garantindo água e luz para todos, se não pagar fica sem, mas pagar com que dinheiro? Do emprego que perdemos pois o estado não interviu auxiliando as empresas ? O governo não aprova isenção de contas, mas aproveitou o caos para aprovar a carteira de trabalho verde e amarela, que permite que empresas tenham o pagamento máximo de um salário e meio para jovens de até 29 anos
O governo Bolsonaro mostra agora, mais que nunca, sua política de morte aos proletários, arquiteta um massacre sanitário, se mostra incapaz até mesmo de suprimir um surto adolescente e demite o ministro da saúde por “roubar protagonismo”. A quarentena deixou evidente o despreparo do Presidente, e a urgência que temos de derrubar esse governo.
Sobre a autora: Morgana Witte, é estudante do Curso Formação de Docentes, tem 18 anos, é ativista Cultural, faz parte do coletivo feminista Mulheres Sem Fronteiras.
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