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  • Foto do escritorRedação UPES

EM DEFESA DA VIDA, DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DA VACINA


Completamos um ano da suspensão das aulas presenciais no estado do Paraná. De lá pra cá presenciamos inúmeras dificuldades que nós estudantes, professores e funcionários de escola, vivenciamos com o descaso e a omissão dos governos durante o pior momento da crise sanitária no estado e no país. Os casos confirmados alcançam patamares cada vez mais elevados e recordes infelizes são quebrados com o número de óbitos.


A primeira medida do Governo do Estado foi a implementação do Aula Paraná, projeto esse que disponibilizaria aulas gratuitas em canais abertos. Em tese, abrangeria todos os estudantes do estado, entretanto 20% (segundo dados da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná) dos mesmos não possuem acesso a Tv aberta e celular, para aqueles que não possuem esses veículos de comunicação foi disponibilizado um material impresso das atividades, o que coloca em dúvida a qualidade do ensino, pois não estariam acompanhando as aulas e sim realizando apenas as atividades.


Além disso, o governo do estado coloca para votação um projeto de lei que transforma escolas estaduais em escolas cívico-militares, projeto esse que atinge 215 instituições de ensino, dentre elas 117 escolas que ofertavam o ensino noturno, o que representa o fechamento dessa modalidade de ensino e com isso o aumento dos índices da evasão escolar. As atrocidades não param por aqui, observamos também a redução da matriz curricular nas matérias de sociologia, filosofia e artes, matérias que são fundamentais na formação dos estudantes enquanto cidadãos, seres críticos e pensantes.


O governo estadual sugere o retorno das aulas presenciais como a única saída para os problemas educacionais enfrentados, o que nos preocupa muito tendo em vista a atual situação do Paraná, o qual registrou um número de 769.966 mil casos de Covid-19 e 14.087 mil números de óbitos, dados esses fornecidos pela Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Com isso entendemos que a melhor forma de enfrentarmos a pandemia é garantir a vacinação da população, testagem em massa e a continuação das medidas de prevenção: distanciamento social, uso de máscaras e uso de álcool em gel.


A educação enquanto serviço essencial é fundamental para o combate às desigualdades sociais. Entretanto, diante do aumento da transmissão do vírus e da falta de leitos de UTI no estado, o qual se encontra com uma ocupação de 96%, no momento, o retorno presencial não apresenta possibilidade de ser aplicado de forma segura, visto que a segurança da comunidade escolar deve ser garantida desde a utilização do transporte público até às instituições de ensino. Adiar o retorno às aulas presenciais é demonstrar compromisso com a vida de pais, mães, responsáveis, profissionais da educação, estudantes e com toda a comunidade escolar.


Entendendo todos esses pontos apresentados, a União Paranaense dos Estudantes Secundarista se posiciona contrária ao retorno presencial das aulas neste momento, tendo como base todos os dados e informações apresentados neste documento e também se coloca à disposição do diálogo com o governo do estado e da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná, e demais organizações para discutirmos os melhores caminhos para um retorno seguro e responsável. É necessário ouvir todos aqueles que compõem a comunidade escolar, fomentando ainda mais o diálogo com aqueles que constroem diariamente as escolas. Precisamos ter responsabilidade e acima de tudo assumir que toda e qualquer decisão terá impacto direto na vida das e dos paranaenses.



18 de março de 2021





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