Redação UPES
ENEM seguro para todos! #AdiaEnem
Para garantir a mobilidade social do indivíduo, foram implementados ao longo da história, medidas inclusivas e socioeducativas.

Imagem via twitter da Rozana Barroso
Um exemplo que tomaremos como base nessa matéria é o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Cuja autarquia tornou-se vinculada ao Ministério da Educação do Brasil com a intenção inicial de avaliar a qualidade do ensino médio no país, e posteriormente, no ano de 2009, passou a ser utilizado como um meio acessível de atingir a tão sonhada educação superior, através do PROUNI (Programa Universidade para Todos), SISU (Sistema de Seleção Unificada), financiamento estudantil em programas do governo como o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) e convênios com Instituições Portuguesas.
Com a Pandemia do Coronavírus (COVID19), e a prova com previsão da primeira fase ser realizada em Novembro de 2020, nós, estudantes secundaristas, profissionais da educação, familiares e participantes de forma geral nos vimos com dois impasses: o medo da contaminação e o medo de não realizar um sonho. Nesta perspectiva, a UNE (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas), juntamente com a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), após o Ministério da Educação divulgaras inscrições, entrou com um mandado de segurança no STJ pedindo a mudança do cronograma com protestos sociais iniciados no dia 15 de Maio de 2020.
“São milhões de estudantes que se preparam para essa prova e com uma insensibilidade total do Ministério da Educação em não adiar as datas, sendo que os estudantes estão com as aulas suspensas. E justamente aqueles estudantes mais pobres é que, nesse momento, se prejudicam, porque não têm as condições necessárias para estudar em casa”, argumenta Iago Montalvão, presidente da UNE.
Na ocasião da votação do PL 1277, o placar terminou em 75 votos a um, e o mesmo, foi comemorado por todos nós, mas, comemorado até quando?
Como uma maneira de decisão justa, o candidato teve a oportunidade de votar numa enquete disponibilizada na Página do Participante Gov.br (Disponível em: https://enem.inep.gov.br/participante/#!/). Segundo dados do INEP, "Entre os participantes que responderam à enquete, 553.033 optaram por realizar o Enem em maio, 49,7% do total de respostas; 35,3% optaram por janeiro, com 392.902 votos; e 15,0% escolheram dezembro, 167.415 inscritos." A opção promulgada foi para a realização do Exame em Janeiro.
Em sua pagina oficial, o INEP publicou as medidas de biossegurança durante a prova (disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/orientacoes/medidas-de-prevencao-a-covid-19), todavia, são aproximadamente 6 milhões de pessoas inscritas, que podem contrair o vírus durante o trajeto, por exemplo. Por isso, as mobilizações voltaram, e na sexta-feira (08) a Defensoria Pública da União pediu à Justiça o adiamento das provas, juntamente com mais de 45 unidades científicas.
A Ação foi para o TRF-3. E durante esta terça-feira (12), a juíza federal em SP manteve a versão impressa do exame para os dias 17 e 24/01 e deixou em análise as condições para aplicação da prova com as prefeituras de todo o país.
Os estudantes, por meio das redes sociais estão realizando manifestações com a hashtag #AdiaEnem, afirmando descaso, dificuldade no acesso ao local e medo. Venha você também lutar pelo ENEM seguro!

Sobre o autor: Rafaella Machado, militante, amante da sabedoria e vestibulanda de Psicologia. "Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo" - Platão.
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