O verdadeiro eu
CAPÍTULO II

Por Jefferson Mota/ Redação UPES
Já comecei o meu domingo com péssimas notícias… Eu iria me mudar ! Minha mãe decidiu se mudar e ir morar perto da família do alcoólatra. E nós nos mudaríamos no próximo sábado. Ou seja eu ficaria com minha amiga só mais uma semana. Eu simplesmente concordo com ela e aviso que a tarde eu vou na casa da minha amiga e depois nós vamos para o parque municipal para lermos um pouco.
Saí às 2 horas de casa e fui para a casa da minha amiga que fica do outro lado da cidade. Quando cheguei lá, ela já estava a minha espera, entramos na casa dela e fomos para o quintal, onde sentamos embaixo de uma árvore. Quando eu falei que irei me mudar ela começou a chorar e falar que eu não posso ir, que eu não podia deixar ela sozinha aqui, eu dei um abraço muito forte nela e começo a chorar junto com ela pois eu também não quero ir embora.
Depois de ambos terem caído no choro, decidimos que de agora em diante nós jamais iríamos esquecer um do outro, todos os dias nós iremos ligar e mandar mensagens um para o outro. Algumas horas passaram, e fomos para o parque municipal. Quando chegamos lá, fomos para o lugar afastado e tranquilo que era possível. Pois nós dois queríamos ler e no meio de várias pessoas barulhentas seria impossível se concentrar na leitura.
Achamos um lugar ótimo, que fica perto de um pequeno rio, com árvores por todos os lados com somente o som dos pássaros que cantavam a toa. Pegamos cada um seu livro, ficamos lá até anoitecer, nos despedimos e cada um foi para sua casa. Quando chego em casa minha mãe está fazendo o jantar e o embuste, meu padrasto está sentado na mesa. Vou para o meu quarto e para guardar meu livro e pegar minha toalha de banho. Quando sai, o jantar já está pronto e os talheres devidamente arrumados, me visto rápido, para jantar logo e ir dormir pois estou exausto embora não tenha feito nada só tenha ficado sentado lendo, termino de comer lavei meu prato e talheres e fui dormir.
De tão cansado, só deitei na cama e peguei no sono na hora, acordo com um som longe. Era o meu despertador que caíu no chão, começo a me arrumar para ir ao colégio chegando lá minha amiga está me esperando no mesmo lugar de sempre. Nós vamos para a sala, quando o sinal toca para o intervalo toca nós dois vamos comer, pegamos o lanche e nos sentamos em uma mesa do refeitório quando estamos quase terminando um grupo de garotos vem até nossa mesa e se sentam junto conosco.
Nós não protestamos com a decisão deles de sentarem com a gente, e quando nós menos esperávamos um deles ( o Peter) puxa assunto comigo, e eu logo penso, o menino mais bonito do colégio está puxando assunto comigo. Por que aquilo??
Por mais que ele tenha perguntado só o meu nome fiquei feliz e quase não consegui acreditar, mas consegui falar o meu nome a ele. A aula acaba; descido ir para casa a pé, quando eu estou já longe do colégio escuto uma voz aguda chamando meu nome, olho para trás e vejo Peter chamando. Meu queixo cai pela segunda vez no dia, pensei que ele só queria ir para casa junto comigo pois nós ainda éramos vizinhos. Não tinha percebido suas reais intenções, quando viramos a esquina ele me dá um beijo, na hora fico sem reação com o que ele fez, mas depois eu me entreguei para aquele beijo.
Vamos para casa, um mais envergonhado que o outro, quando chego em casa mando mensagem para ele, visualiza e responde na hora; a conversa vai se desenrolando ele fala que sempre gostou de mim mas tinha vergonha de falar.
Sobre o autor: Jefferson Mota é estudante do IFPR- Campus Avançado Barracão, tem 15 anos, é bissexual, atualmente mora em uma cidade no interior do Paraná, mas pretende se mudar para outro país, é apaixonado por livros, séries e chocolates.
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