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Projeto de militarização de escolas estaduais não é a solução para os problemas da educação pública!


Por Letícia Fernanda/ Redação UPES




Foi desenvolvido um projeto de lei do governador Ratinho Junior, que dispõe sobre a criação do Programa Colégios Cívico-Militares do Paraná para instituições de ensino da Rede Estadual de Educação Básica. O texto foi lido nesta segunda-feira (14), no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).


Com tantas demandas do ensino estadual a serem resolvidas ,ainda mais em meio a pandemia do Covid-19, seria a militarização das escolas públicas a melhor solução para os problemas da educação pública no Paraná?


As instituições de ensino selecionadas funcionarão em regime de cooperação, por meio de termo de cooperação técnica, entre a Secretária de Estado da Educação e do Esporte (SEED) e a Secretária de Estado da Segurança Pública do Paraná. Na prática, a proposta autoriza o uso de recursos da educação para o modelo de militarização de escolas públicas, criando poucas escolas de excelência na rede estadual.


A verba destinada para a militarização poderia, e deveria, ser investida para uma organização do retorno às aulas após a pandemia, garantindo a segurança e saúde dos estudantes.


Além disso, se a intenção é uma melhora do ensino público no Paraná, uma solução viável seria a adição de projetos e cursos técnicos aos componentes curriculares dos estudantes, auxiliando em suas formações acadêmicas, consequentemente, cooperando para melhorar os índices da educação do Estado, sem precisar alterar a forma de coordenação já existente nas escolas.


De acordo com o projeto, a proposta é implantar os colégios cívico-militares em municípios com mais de 10 mil habitantes que dispõem de, no mínimo, dois colégios estaduais que ofertam ensino fundamental e médio regular, situados na zona urbana. Além de outros critérios, a implantação dependerá de aprovação da comunidade escolar e disponibilidade de recursos orçamentários.


Em geral, militarizar as escolas públicas não é a solução para os problemas da educação no Paraná, a qual precisa urgentemente de valorização e melhor planejamento.




Sobre a autora: Letícia Fernanda de Abreu é estudante de técnico em alimentos integrado ao ensino médio pelo IFPR Campus Colombo, feminista e presidenta da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Colombo, conduzindo o movimento estudantil na cidade. Pretende prestar vestibular para jornalismo no próximo ano. Ama animais, adora dançar, escrever, falar em público, desenvolver projetos e nas horas vagas curto um pagodinho. Instagram: lele_fernanda03

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